Relato de parto #1

Tempo de leitura: 2 minutos

Existem histórias que a gente sente que precisam ser contadas, e essa é uma delas. Então vamos lá, ao meu relato de parto. Minha filha nasceu no dia 9 de janeiro de 2024 e eu vivi longas 41 semanas até que essa data finalmente chegasse.

As dores começaram numa quinta-feira, dia 4 de janeiro. Eu estava com 40 semanas e já tinha uma semana que todos os dias recebia mensagens e telefonemas dos meus familiares e amigos me perguntando: “E aí?”. Eles, mais do que eu, já tinham decidido que estava na hora dessa neném nascer. Mas como a barriga ainda não pesava tanto e eu não sentia incômodos, pensava: “Acho que ela pode ficar mais um tempinho aqui”. Mas, nessa quinta-feira, eu comecei a mudar de ideia.

Eu e meu marido estávamos assistindo a um filme na sala, quando as contrações começaram a vir. Elas eram ainda bem fracas, apenas leves desconfortos. Quando percebemos que estavam ficando ritmadas, nos entreolhamos e sorrimos. A chegada da nossa menina estava cada vez mais próxima. O filme acabou, mas as contrações continuaram e foram se intensificando.

Mandamos uma mensagem para a nossa enfermeira obstétrica – ela nos acompanharia durante o trabalho de parto. Expliquei a situação e ela disse para esperarmos. Como não havia sinal do tampão mucoso, sangramento ou de bolsa rota, não tínhamos que nos preocupar. Era só esperar que, em breve, eu entraria em trabalho de parto. Por isso, ela sugeriu que fôssemos descansar, porque precisáriamos de energia para quando esse momento chegassse.

Naquela noite eu mal consegui dormir. Não era de ansiedade, mas de desconforto. Virava de um lado para o outro. Não encontrava uma posição que fosse confortável. Voltamos para a sala. Meu marido se deitou no sofá e eu fiquei sentada. Coloquei uma bolsa térmica quente na lombar e aquilo me trouxe um pouco de alívio, mas não o suficiente para que eu conseguisse dormir. Assim, fiquei acordada e fui acompanhando o amanhecer pela janela da sala.

As luzes um pouco rosadas, um pouco alaranjadas foram despontando. E, com isso, as dores foram sumindo. Dessa forma, se confirmou o que a nossa enfermeira tinha nos dito: eram apenas contrações de treinamento. A sexta-feira chegou e nem parecia que eu tinha passado aquela madrugada em claro. Nossa menina tinha decidido que ainda não estava na hora de vir.

Por que decidi estudar japonês na USP?

Quando eu me apresento e digo que fiz Letras com habilitação em Português e Japonês as pessoas sempre me olham com aquela cara de interrogação e ficam tentando encontrar algum sinal de otaku em mim. E eu sempre preciso dar aquela risadinha, explicar que não assisto anime, que prefero as novelas japonesas, e que hoje em dia é até difícil entender o que me prende a esse idioma tão diferente.

A minha trajetória estudando japonês foge um pouco daquelas histórias mais tradicionais e, foi conseguindo levá-la adiante, apesar de todas as diferenças, que eu percebo como isso foi importante para mim. Por isso, decidi compartilhar com vocês como foi a minha jornada até descobrir que queria fazer japonês na USP.

A grande dúvida: qual curso escolher?

No começo do terceiro ano do Ensino Médio eu ainda não tinha certeza sobre qual graduação queria fazer. Eu sempre gostei muito de escrever, de estudar idiomas, de ter contato com as pessoas, de fazer teatro e de ensinar (eu era aquela aluna que dava aula do trimestre inteiro antes da prova pros amigos). Isso me dava uma noção de que, independentemente do que eu escolhesse, seria alguma opção dentro da área das humanidades. Então, levantei algumas opções: jornalismo, relações internacionais, artes cênicas, cinema, pedagogia… Mas, em nenhum momento, me lembrei do curso de Letras.

Até que um dia, conversando com uma amiga da minha mãe, comecei a considerar essa possibilidade…

Uma foto que tirei do prédio de Letras. Eu amava como esse lugar era de manhã cedo.

Essa amiga dela era nikkei e, sabendo que eu estudava japonês, me incentivou a continuar com os meus estudos. E foram essas simples palavras de incentivo que mudaram muita coisa na minha vida. Depois dessa conversa, eu me lembrei de algumas moças que eu acompanhava na internet. As duas eram da Inglaterra e estudavam japonês na faculdade. Eu achava aquilo incrível, mas não fazia a menor ideia de que esse curso existiria aqui no Brasil.

Então, decidi fazer uma pesquisa. E qual foi a minha surpresa quando descobri que, além de existir um curso de japonês na USP, existia também uma bolsa do governo japonês somente para os alunos que fizessem esse curso de graduação. Senti como se tivesse encontrando uma fonte de ouro depois do arco íris. Depois desse dia minha meta foi apenas uma: entrar na USP e conseguir essa bolsa de estudos.

Meu planejamento para entrar na USP

Assim, começou a minha jornada de preparo para entrar na USP. Na verdade, ela tinha começado já no fim do nono ano. Eu sempre gostei muito de estudar, bem nerd mesmo, e sabia que o Ensino Médio seria um preparo para o vestibular. Por isso, no final do nono ano eu aproveitei as férias para fazer uma revisão geral de tudo que tinha estudado. Isso me ajudou muito porque me deu uma perspectiva mais ampla sobre os conteúdos e fixou bem a base para os próximos estudos.

Quando entrei no Ensino Médio eu tentava complementar os conteúdos das aulas utilizando livros da bibilioteca que traziam muitos exercícios de vestibulares. Eu também assistia muitas aulas online, fazia exercícios e resumos. Foi somente no terceiro ano que eu e a minha irmã decidimos pagar um cursinho online, o Stoodi, para podermos enviar nossas redações e receber o retorno dos professores. Então, foram três anos intensos de dedicação.

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Mas diferente do que muita gente pensa, eu não me privei de ter momentos de lazer durante o último ano do Ensino Médio. Eu sempre gostei de passear e de fazer várias atividades. Continuei no grupo de teatro durante os três ano do Ensino Médio, fazendo duas peças por ano e tendo muito texto para decorar. Diferente do que muita gente pensava, ter que administrar muitas responsabilidades me fez aproveitar cada tempo que eu tinha com mais sabedoria, além de ter me preparado muito para o que eu viria a viver nos tempos da faculdade.

Confesso que o que foi um período complicado, com muitas atividades e preocupações. Mas, graças a Deus, deu tudo certo. Passei na primeira chamada para o curso de letras e comecei a faculdade em 2019. Agora que já terminei o curso, sinto que passou muito rápido. Dá até vontade de viver tudo de novo!

Bom, é isso que eu gostaria de partilhar com vocês hoje. Penso em fazer mais posts dando dicas de estudo e organização, para que possa ajudar outras pessoas que possam estar nessa fase da vida. Se você quiser saber mais sobre como o curso funciona e outras curiosidades, você pode ler esse post que eu fiz com 5 fatos sobre o curso de Japonês na USP. É um post bem suscinto e claro, com informações que gostaria de ter sabido antes de entrar.

5 fatos sobre o curso de Japonês na USP

Quando eu estava decidindo se faria ou não o curso de Letras com habilitação em Japonês, tive bastante dificuldade para encontrar informações na internet. A única coisa mais robusta que consegui achar foi a grade curricular disponível no próprio site da USP – se quiser acessar, é só clicar aqui. Ela me ajudou a ter uma visão geral do curso, mas o que eu queria mesmo era ouvir a experiência pessoal dos estudantes.

Pensando nisso, decidi produzir alguns conteúdos falando sobre o curso, suas características, minhas impressões e tantas outras coisas mais. Eu espero que ajude todos aqueles que estão pensando em fazer esse curso, mas ainda não se decidiram completamente. Se tiverem qualquer pergunta, podem fazer aqui nos comentários. Vai ser uma alegria poder ajudar!

Nesse primeiro post eu trouxe 5 fatos que ninguém te conta sobre o curso de japonês na USP. Se você preferir, pode assistir a versão que fiz em vídeo pro meu canal do YouTube. Vai estar no final desse post. Agora, vamos começar?

1. Não vai ser como um curso de idiomas

Na graduação você vai estudar o Japonês da mesma forma que nós, brasileiros, estudamos o Português. Ou seja, o foco desse estudo vai ser metalinguístico. E o que isso significa? Significa estudar as estruturas da língua (gramaticais, estilísticas, etc) para se tornar capaz de analisá-las. Por isso, aprendemos, as classes de palavras que existem no Japonês (não é igual do Português não!), as divisões das frases em 文節 (ぶんせつ), a como analisar sintaticamente uma oração e assim por diante. Pode parecer algo bem cabeludo à primeira vista, mas fique tranquilo porque os professores são bem gentis e isso tudo é visto aos poucos.

2. O ritmo das aulas é frenético

Apesar de não ser umas das exigências para ingressar na habilitação, eu recomendo que você já chegue no curso conhecendo o básico da língua. Digo isso porque só temos disciplinas de língua japonesa moderna durante 6 semestres*, então os professores dão bastante conteúdo em pouco tempo, senão não conseguiriam passar nem metade daquilo precisamos saber.

Minha sugestão é que você use como referência a prova de proficiência e estude tudo aquilo que é exigido nos níveis N5 e N4. Eles correspondem ao nível básico e já vão te dar uma boa base para os dois primeiros semestres do curso. Quando eu entrei na faculdade e ainda estava no ciclo básico, ou seja, não estava cursando as disciplinas do japonês, aproveitei para me preparar para essa prova e consegui o certificado do N4. Isso me ajudou muito e me permitiu viver os primeiros anos da habilitação com mais tranquilidade.

3. Temos aulas de literatura japonesa

Essa foi, com toda certeza, uma das partes que eu mais amei do curso. As disciplinas de literatura começam somente no segundo ano da habilitação, já que lemos alguns textos no original em japonês. Além disso, temos duas disciplinas diferentes para abarcar esses conteúdos: uma de literatura contemporânea e outra de literatura clássica.

Senti que minha visão de mundo se expandiu muito depois de cursar essas disciplinas, porque, como a maioria das coisas produzidas no Oriente não chega até nós, tudo que as professoras ensinavam era novidade para mim. Vocês sabiam, por exemplo, que foram as mulheres da corte japonesa que criaram o hiragana, um sistema de escrita que ainda hoje utilizado? Pois é. Eu não sabia e achei fantástico quando descobri.

Se tiver interesse em ter um gostinho do que vimos em um dos semestres, eu publiquei aqui no blog uma resenha do conto A vida de um idiota do Ryunosuke Akutagawa que, originalmente, tinha escrito para uma disciplina da faculdade. Para ler, é só clicar aqui. A história é bem triste, mas revela uma realidade comum entre os escritores japoneses. Vale muito a pena conhecer!

4. Ouvir os relatos dos seus professores

Poder conhecer a história dos professores, os desafios que enfrentaram em sua trajetória acadêmica e a visão que eles têm sobre o Japão e o Brasil é, com certeza, uma das melhores partes do curso. Esses relatos me ajudaram a ter uma visão mais realista sobre o Japão, além de poder dar boas risadas de alguns causos.

5. No final, você vai se surpreender

Apesar de todas as dificuldades e inseguranças que tive que enfrentar ao longo do curso, posso dizer que, chegando ao final, me surpreendi com o meu aprendizado. É claro que ainda há muito no que melhorar e ainda não acho que possa me considerar plenamente fluente em Japonês, mas mesmo assim fico muito contente com os avanços que tive ao longo dos quatro anos e meio de faculdade e tenho certeza de que você também vai experimentar isso quando chegar ao final do curso.

*Acabei me equivocando no vídeo. Não são apenas 4 semestres, mas 6 semestres de aula de língua japonesa.

[…]

Espero que tenham gostado do post de hoje. Deixem aqui nos comentários suas impressões e dúvidas. Eu vou adorar ler!

Relato de viagem: Tóquio – Japão, fevereiro de 2023. [Parte 02]

Tempo de leitura: 5 minutos

Nesse segundo relato de viagem vou falar apenas da viagem até o Japão, já que ela foi bem longa e tiveram algumas coisinhas diferentes em relação às anteriores. Eu embarquei em Los Angeles. O check in foi muito tranquilo e, antes de embarcar, telefonei para a minha família, já que passaria doze horas dentro do avião. Confesso que, quando embarquei, senti um frio na barriga. Eu não conseguia acreditar que aquilo realmente estava acontecendo.

Não sei se foi por conta do corona vírus, mas a companhia fez um distanciamento entre os passageiros que estavam sentados no centro do avião. Dessa forma, numa fileira com quatro poltronas, apenas duas eram ocupadas e essas duas eram as das extremidades. Isso foi ótimo, porque tanto eu quanto a moça que estava na mesma fileira que eu ganhamos um assento a mais. Eu consegui ir deitada e dormi quase a viagem inteira.

Viajando com a Japan Airlines

É importante chamar a atenção pra um ponto: até aqui eu tinha feito todas as viagens pela Latam, somente nessa última viagem é que viajei com a Japan Airlines (tudo de classe econômica, ok?). E, por serem companhias distintas, a gente percebe algumas diferenças. Me chamou a atenção o fato de todos os comissários de bordo serem mulheres e, além disso, serem estéticamente impecáveis, pareciam até de mentirinha. Além disso, nesse ponto da viagem só era possível se comunicar em Inglês e Japonês (antes alguns atendentes falavam em Espanhol).

As refeições também foram bem diferentes das anteriores, porque já tinham a carinha do Japão. Nessas fotos vocês podem ver todas as refeições que fiz. No almoço foi missoshiro (é aquilo ali no copo de papel), curry com arroz, salada, uma coisinha com salmão, frutinhas e cogumelos. Confesso que a comida não estava tão boa. O curry era a única opção que tinha quando chegou a minha vez, e eu fiquei um pouco triste. Esse prato é bem famoso no Japão, mas eu acho o sabor um pouco forte e tive receio de passar mal, por isso comi bem pouco. De sobremesa teve um sorvete de baunilha da Häagen-dazs. Gente, isso aqui pra mim foi simplesmente incrível, um luxo total, porque no Brasil esse sorvete não é nada barato. (E qual não foi a minha surpresa quando cheguei no Japão e descobri que lá ele é super baratinho!)

O lanche da tarde foi uma arroz com uma coisa que eu não sabia o que era (e nem perguntei pra saber hahaha), um iogurte de morango, uma bolacha salgada com manteiga, pedaços de laranja e de grapefruit, e eu escolhi um suco de laranja para beber. Essa refeição estava mais gostosa do que o almoço, tirando a parte em que experimentei a grapefruit. Eu nunca tinha comido antes e, vendo-a tão vermelhinha, pensei que seria super doce. Quando coloquei na boca, quase cuspi. Achei o sabor horrível!

Quebra de expectativas…

Quando vi todo o itinerário que faria, pensei que ficaria acabada. Mas, sendo bem sincera, a viagem para o Japão foi mais tranquila do que todas viagens que eu já fiz até a casa da minha avó em Minas Gerais. No avião podemos nos levantar, ir ao banheiro com tranquilidade, conseguimos deitar, assistir alguns filmes e ainda comemos comidinhas gostosas. Agora, numa viagem de ônibus de São Paulo até Minas Gerais só ficando dopada de Dramin para poder sobreviver.

Durante o vôo, eu me sentia como uma criancinha. Toda hora queria ficar vendo como eram as nuvens dali de cima e, como não estava sentada na janela, de tempos em tempos eu me levantava para esticar as pernas e aproveitava para olhar. Era uma vista incrível. Mais uma vez tive aquela mesma sensação de encanto diante da imensidão do mundo. Eu pensava assim: “Se a gente, em pleno século XXI ainda se surpreende com essas coisas, imagina como as pessoas se sentiram quando saíram pra explorar novos continentes…“.

Japão, cheguei!

Desembarquei no Japão parecendo uma doidinha: toca, cachecol, um casaco super pesado, máscaras e, é claro, meu óculos de grau. Mas valeu a pena, porque estava muito frio. Graças a Deus um amigo da faculdade, que é japonês, me encontrou no aeroporto e fomos juntos até o meu hotel. Sendo sincera, eu não sei se eu teria conseguido chegar caso estivesse sozinha. Ou se conseguisse, teria chorado um pouco durante o processo. Foi muito impactante ver todas aquelas placas escritas em kanji e não reconhecer quase nada do que eu estava vendo. Era tudo novo.

Pegamos o trem no próprio aeroporto e a viagem foi tranquila. Digo viagem porque deve ter demorado um pouco mais de uma hora para chegarmos até o hotel. Antes de acertarmos o caminho nos perdemos um pouquinho e foi aí que veio essa segunda foto: às beiras do rio Sumida e com a Tokyo Skytree ao fundo. Sou muito grata por meu amigo ter feito esse registro, porque consigo ver como meus olhos estavam brilhando de entusiasmo.

Primeiro lamen na terra do sol nascente

Por ter dormido quase toda a viagem, eu não estava me sentindo tão cansada e, depois de deixar minhas coisas no hotel, fomos comer um lamen, o primeiro (de milhares) na terra do Sol Nascente. O restaurante era especializado em missô lamen, um tipo específico que leva missô na composição do caldo. Estava muito gostoso!

Um dos primeiros choques que eu tive foi descobrir que a água servida nos restaurates do Japão é sempre com MUITO gelo, independente do clima. Ou seja, mesmo naquele frio de rachar, eles ainda serviam água gelada. Eu, que só gosto de água natural, demorei um pouco para me acostumar. E fiquei muito feliz quando encontrei em uma cafeteria as duas opções, a de água em temperatura ambiente e água gelada.

[…]

Ainda tenho bastate coisa pra contar, mas vai ficar para os próximos relatos. Espero que estejam gostado. Compartilhem suas impressões nos comentários! Nos vemos na semana que vem.

Para estudar japonês: Marugoto Web

Tempo de leitura: 6 minutos

Hoje vamos iniciar uma nova série de postagens chamada “Para estudar japonês”. O objetivo dela é ajudar pessoas interessadas pela língua japonesa, sejam estudantes ou professores. Em cada post vou apresentar de forma detalhada uma ferramenta ou recurso para estudar o idioma, trazendo seus benefícios e formas de uso.

O que me motivou a criar essa série foi o fato de que, lá em 2015, quando eu comecei a estudar japonês sozinha, era muito difícil encontrar materiais gratuitos online. Assim, eu gastava muito tempo só nessa função Sherlock Holmes para poder conseguir estudar. Portanto, espero que essa série otimize o tempo de vocês, dê ideias e os incentive nessa jornada.

Antes que eu me esqueça: já existe no blog uma publicação em formato de lista com materiais, canais do YouTube e sites que eu utilizava para estudar. Se você quiser acessar, é só clicar aqui. Aproveito para pedir que fiquem à vontade para deixar sugestões nos comentários. É sempre bom conhecer novas ferramentas!

Vamos começar?

Sobre a plataforma

O curso Marugoto Web A1 é uma versão online de uma série de livros desenvolvidos pela Fundação Japão, organização que também é responsável pela administração do portal. Além da versão A1, temos a A2. Cada uma delas apresenta o conteúdo correspondente ao seu nível seguindo o quadro europeu comum de referência para línguas. Nesse blogpost, nos deteremos apenas com a versão A1. Para acessá-lo, é só clicar aqui!

Dentro do site encontramos nove módulos e em cada um deles há subdivisões que são nomeadas como Can-Do. Nelas encontramos diálogos ou textos que buscam desenvolver alguma habilidade comunicativa, por exemplo: dizer como foram as férias, falar sobre o local onde mora, fazer um pedido em um restaurante. Eles sempre colocam um desafio ao final de cada Can-Do para você tente formular suas próprias frases. Além disso, existem seções próprias para o estudo da gramática, dos sistemas de escrita e de aspectos culturais. Por fim, o site é bem intuitivo, tem um design limpo e oferece, em todos os vídeos, legendas em kanji, kana, romaji e inglês.

Pontos positivos

Antes de tudo eu preciso dizer que esse site é um dos meus favoritos! Eu usava muito no começo dos meus estudos e, atualmente, uso muito com os meus alunos durante as aulas. O que acho de mais incrível na plataforma é que, como disse anteriormente, ela utiliza contextos da vida real para apresentar os conteúdos teóricos. Por exemplo: para aprender a dizer as horas em japonês, eles apresentam um diálogo em que o personagem fala sobre a sua rotina. Nesse diálogo vários conteúdos estarão presentes, como:

  • Verbos na forma MASU;
  • Vocabulário de dias da semana;
  • Expressões de tempo;
  • Números para se referir às horas;
  • Partículas para indicar a duração de uma ação, etc.

Ou seja, você não aprenderá o conteúdo de forma isolada. Ele sempre será inserido num contexto comunicativo, facilitando a compreensão de quando determinadas estruturas e vocábulos são utilizados. Isso ajuda muito no momento em que você precisar estabelecer um diálogo com alguém, porque você vai evitar aquela transposição literal do Português para o Japonês e vai conseguir estabelecer uma comunicação plena só “pensando” em Japonês.

Para os professores que estão lendo, acredito que essa forma de apresentação dos conteúdos seja algo que possamos tentar aplicar todas as vezes em que for possível. Não digo que isso vá acontecer SEMPRE, porque há alguns tópicos que são difíceis de inserir em um contexto comunicativo, como os kanjis. Mas, ainda assim, podemos nos esforçar para mostrá-los de forma contextualizada como, por exemplo, dentro de uma frase ou de um bloco temático.

Como usar para estudar

Para quem for iniciante e ainda não estiver alfabetizado, recomendo que comece pelo hiragana e katakana. O site oferece uma lista com todos os grafemas e seus sons respectivos, além de vários exercícios diferentes para a memorização. Esse formato de exercício é muito útil, porque te poupa tempo, já que você não vai precisar ficar copiando o mesmo símbolo milhares de vezes numa folha de papel. PORÉM, não acho que um anule o outro, mesmo que você não pretenda escrever em Japonês à mão e só vá escrever pela internet. Escrever também é uma forma muito eficaz para a memorização e, além do mais, nunca se sabe se um dia você vai precisar escrever alguma coisa à mão em Japonês.

Quanto à parte da gramática, eu sempre gosto de pensar que ela funciona como um conjunto de bloquinhos que, unidos, formam frases. Ou seja, uma vez aprendida determinada estrutura, podemos manipular com facilidades seus elementos e formar novas frases. Ver as coisas dessa forma ajuda muito, especialmente quando se trata da língua japonesa que possui partículas e cada uma delas milhares de usos diferentes. Portanto, eu sugiro que você crie uma lista extensa com exemplos de uso de cada uma das estruturas que você tiver aprendendo. E você pode extrair esses exemplos dos diálogos ou dos exercícios de gramática mais tradicionais. Recomendo que faça essa lista em um caderno ou em algum recurso online, como o Notion, porque, desse modo, você terá um material de consulta para quando precisar.

Além disso, os exercícios mais tradicionais de gramática também podem te ajudar a fixar o uso das partículas, a ordem dos termos e o significado das estruturas verbais. Porém, cuidado para não restringir seu estudo somente ao preenchimento dessas lacunas. Isso pode se tornar entediante e te desmotivar, então procure integrar os exercícios às propostas comunicativas que o site oferece.

Por fim, a plataforma oferece oportunidades tanto para o input quanto para o output (internalização e externalização do conteúdo aprendido). Isso é muito útil para quem está estudando sozinho e não tem com quem praticar o idioma. Apesar dos exercícios de output já trazerem frases pré-determinadas, ainda acho que tenham o seu valor. Você também pode aproveitar os vídeos e diálogos em áudio para utilizar a técnica de shadowing que nada mais é do que repetir o que for dito logo em sequência. Isso ajuda a treinar a pronúncia e a entonação das frases. Para os professores, é possível replicar tudo isso em sala de aula fazendo os ajustes necessários.

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Espero que tenham gostado da proposta dessa série de postagens e da plataforma que apresentei hoje. Comentem aqui embaixo se já conheciam! Nos vemos na semana que vem. Até mais.

Metas de leitura para Janeiro de 2024

Tempo de leitura: 6 minutos

Hoje, 07 de janeiro, a gente comemora o dia do Leitor. E pra deixar esse dia mais especial, decidi compartilhar com vocês minhas metas de leitura para este mês. Eu a dividi em duas partes: a primeira é composta por livros que comecei a ler em 2023, mas não terminei; e a segunda tem somente um livro que vou começar do zero. Não quis colocar expectativas muito altas que, por fim, só acabem me frustrando, especialmente porque vou começar a viver um novo momento na minha vida com a chegada da minha bebê.

Além disso, ao longo desses anos tenho percebido que, quando se trata de literatura, a gente não pode ter aquele olhar de produtividade extremamente capitalista alá Tempos Modernos do Chaplin. Esse tipo de visão transforma o leitor numa máquina devoradora de páginas que não digere, medita ou guarda o que leu daquela obra, ele só engole e destrói. A leitura se torna, então, um simples correr de olhos pelas folhas cheias de letrinhas. E não é isso que a gente quer.

Pensar em quantidade de leituras pode ser benéfico em alguns casos, especialmente quando a gente pensa em alguém que precisa de um repertório teórico para desenvolver uma pesquisa, por exemplo. Mas, a qualidade, ou seja, a capacidade de tirar frutos de uma leitura, é o primordial. Porque, afinal, é para isso que lemos, não é mesmo? Pra que os nossos horizontes sejam maiores e tenhamos uma vida mais rica.

Lidar com essas questões, especialmente na época da faculdade, sempre foi um desafio muito grande para mim. Continuo lutando contra as vozes da minha cabeça que querem me fazer acreditar que não estou sendo boa o suficiente ou inteligente o bastante no auge dos meus vinte e tantos anos porque não li 200 livros em um ano. E, tudo isso é pra dizer que até nisso, nos nossos hobbys, precisamos tomar cuidado pra não transformá-los em um processo mecânico, vazio e sem sentido. Aproveitem pra me contar nos comentários se vocês também ficam inquietos com esse tipo de coisa e se já acharam uma saída pra esse problema. Eu vou adorar saber como lidam com essa questão!

Vamos pra lista?

Livros que quero finalizar

O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë

Comecei a ler esse livro por volta de novembro de 2023. Na época eu estava doida atrás de uma história que me envolvesse. No começo do ano eu tinha lido O Retrato de Dorian Gray e fiquei num limbo total depois de ter terminar. Nenhum outro livro que eu tentasse ler conseguia superar aquela história. Aproveitei, então, para ler algumas coisas mais práticas sobre desenvolvimento pessoal e questões envolvendo a vida espiritual.

Por isso, quando comecei O Morro dos Ventos Uivantes, fazia um bom tempo que não me sentia presa dentro de uma história. A narrativa é muito envolvente e faz com que você não queira parar de ler até chegar no final. Realmente, gostei muito dessa leitura e acho que ela só tende a melhorar. Estou ansiosa!

Regra de vida para mães: como ordenar seu lar e trazer paz à alma, de Holly Pierlot

Esse livro foi um daqueles mais teóricos que eu mencionei a ler depois de O Retrato de Dorian Gray. Eu já tinha visto algumas mulheres elogiando muito esse livro na internet, mas sempre ficava com um pé atrás. Isso só mudou quando uma amiga muito querida me presenteou com ele. Eu logo pensei: “esse aqui deve ser bom mesmo“. Iniciei a leitura assim que ganhei e achei muito prazerosa. Além de dar exemplos e muitas dicas de organização, a autora também expõe sua própria trajetória em relação a todos os tópicos que aborda.

O mais interessante é que ela aborda o papel feminino em todas as suas dimensões, seja no cuidado de si mesma, da sua espiritualidade, da família, do casamento, do trabalho, etc. É um livro bem completo! Algumas coisas eu já consegui começar a implementar e tem outras que vou deixar anotadas para o futuro.

O príncipe e o mendigo, de Mark Twain

Esse foi mais um dos livros que tentei ler depois de terminar O Retrato de Dorian Gray. E, como já devem supor, falhei miseravelmente. Por ser uma história muito mais solar e, além disso, infato-juvenil, foi difícil me deixar envolver pela narrativa carregando ainda o peso do final de Dorian. Mas, apesar disso, gostei muito do pouco que li.

A narrativa tem como tema algo que já foi trabalhado diversas vezes em outros livros e filmes, que é trocar de papel com uma pessoa e começar a viver uma vida nova. Gosto muito dessa temática porque, quase sempre, ela é recheada de episódios divertidos, além de nos fazer refletir sobre o valor de cada vida. Por ser um livro mais leve, acho que ele vai ser ideal para esse tempo da minha vida.

Livro que quero começar e terminar

Melhores contos do Tchekhov

Esse ano estou decidida a voltar a escrever. O blog foi o primeiro passo em direção a essa meta, mas também quero voltar com as minhas ficções e poesias. E o que me fez retomar esse desejo foi a leitura dos contos de um colega, o Felipe Torres. Vou deixar o link para o perfil dele na Amazon para que vocês possam conhecer (clique aqui). Ele publicou quatro contos pelo Kindle e eu já li dois deles, o Maria Fumaça e Noite Feliz. As histórias são tão bonitas e envolventes que me deram saudade da época em que eu escrevia.

Por isso, pensando em aumentar o meu repertório de contos para, quem sabe, escrever o meu próprio, escolhi essa coletânea de contos do Tchekov. Além disso, acredito que esse gênero literário vai se encaixar muito bem com a minha futura rotina, pensando que os textos não são tão extensos.

[…]

Bom, é isso! Estou bem empolgada com essas metas e não vejo a hora de dividir com vocês, no final do mês, como foi essa experiência. Contem aqui nos comentários se já leram esses livros, o que acharam e quais metas prentedem estabelecer pra esse primeiro mês do ano.

O que me ajudou a viver bem a gravidez

Antes de engravidar tive uma inflamação no nervo ciático, o que me levou a descobrir um pequeno desgaste na região da lombar. Isso me preocupou bastante, principalmente quando o médico me disse que, caso eu engravidasse, sentiria MUITA dor no final da gestação. Assim, iniciei o tratamento com a acupuntura e comecei as aulas de treino funcional. Voltei a me sentir bem e interrompi o tratamento por uns dois meses, e foi aí que a inflamação retornou.

Naquele momento eu já estava no 5º mês da gravidez e como não podia tomar nenhum anti-inflamatório ou relaxante muscular – os únicos remédios que realmente “resolviam” o problema, eu sentia dores muito fortes. Eu só tomava o Tylenol que, depois de algumas semanas, não adiantava para muita coisa. Então, percebi que precisava voltar urgentemente a fazer atividade física. Entrei em contato com a academia onde fazia as aulas de treino funcional e fechei um pacote para as aulas de pilates. Foi a melhor coisa que eu fiz. Depois que comecei as aulas em agosto, nunca mais senti nenhuma dor.

Toda essa microjornada me fez refletir sobre outras coisas que também me ajudaram nesse período, tornando a gestação um período mais leve e tranquilo. E hoje decidi partilhar com vocês! Sei que existem casos em que não vai ser possível “escapar” completamente das dificuldades que a gravidez possa trazer, mas, ainda assim, acho que é sempre possível tentarmos ver a situação por uma nova perspectiva e fazer o que está dentro das nossas possibilidades para vivermos melhor e mais felizes.

O bom feijão com arroz

Eu podia vir aqui e passar aquela lista bem clássica de hábitos saudáveis para ter na gestação, mas isso você encontra em qualquer lugar. Então, pensei que seria mais interessante falar sobre a minha experiência com cada uma dessas coisas e trazer outros pontos que muita gente às vezes ignora ou, simplesmente, não acha que seja tão importante assim.

Atividade física

É claro que, durante a gravidez, a gente precisa ter aquele cuidado no primeiro trimestre. Mas se você não tiver nenhum impeditivo, só vai! E olha que não precisa ser só pilates não, pode ser até crossfit caso você seja acompanhada por um profissional.

Além de ter me ajudado com a questão da coluna, ir para o pilates se tornou um momento de autocuidado, algo que eu estava fazendo por mim e pela minha bebê. Até a caminhada até a academia deixava meu dia mais gostoso, porque eu podia aproveitar para tomar um sol, ver como o céu estava naquele dia…

Também percebi como a minha consciência corporal melhorou. Comecei a perceber mais facilmente quando estava tensa em alguma parte, a controlar melhor minha respiração e a ter mais resistência física.

Tenha um tênis esportivo

Sério, como eu queria voltar atrás e avisar a Gabriela do passado que essa seria a MELHOR coisa que ela poderia fazer por si mesma. Parece brincadeira, mas depois que comprei o tênis adequado nunca mais senti nenhuma dor ou desconforto. Me sentia uma mulher livre. Mesmo barriguda eu encarava uma caminhada de 30 minutos!

Eu recomendo que você opte por um modelo mais neutro, porque fica mais fácil de combinar com as suas roupas. Aproveito pra indicar o perfil da Narjara. Ela é uma consultora de moda e o curso dela me ajudou bastante nesse ponto. Porque não adianta nada a gente se sentir super confortável e, ao mesmo tempo, super feia. Pelo menos pra mim, o conforto e a beleza eram duas coisas indispensáveis. Ter encontrado o perfil dela me ajudou muito a ver combinações possíveis de roupa durante a gestação e, dentro das minhas possibilidades, recriá-las.

Você não é só um rostinho bonito

Quando a gente fala sobre esse assunto de autocuidado podemos cair naquela falsa ideia de que só precisamos cuidar da parte física, ou seja, só do nosso “rostinho bonito”. Mas não é bem assim. Ter cuidado do meu interior me permitiu viver esse tempo com mais consciência, reconhecendo meus gatilhos e padrões de comportamento e entendendo o que eu poderia fazer para me ajudar.

E você pode fazer isso de diversas formas. O que funcionou para mim foi fazer acompanhamento com uma psicóloga, escrever no meu diário, alimentar minha espiritualidade e me divertir. Assim, eu comecei a nutrir uma visão positiva sobre essa nova fase, entendendo que ela, de fato, trazia mudanças significativas, mas, ao mesmo tempo, me convidava a ser criativa e a recriar com alegria algumas partes da minha vida.

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Espero que tenham gostado do post de hoje. Não deixe de comentar como foi a sua experiência e o que te ajudou a viver a gestação com mais leveza. Eu vou adorar saber! Nos vemos na semana que vem. Até mais.

Um Natal ao lado de Maria, a mãe de Jesus.

A gravidez tem sido um tempo muito propício para reflexões. E agora que já está chegando ao fim, arrisco dizer que ela seja um convite a um profundo abandono, a uma entrega livre e confiante daquilo que há de mais humano em mim: minha própria fragilidade.

Essas reflexões se tornaram ainda mais significativas quando o Advento chegou, um tempo litúrgico que nos prepara para o Natal. Acompanhar Maria nos momentos finais de sua gestação deu, para o fim da minha gravidez, uma nova perspectiva.

O fiat de Maria

Recentemente comecei a ler The Reed of God, uma obra escrita pela Caryll Houselander, que foi indicada no podcast Abiding Together (clique aqui para conhecer). O livro fala sobre a Virgem Maria, especialmente sobre sua humanidade. Durante a leitura, encontrei um trecho muito bonito que iluminou os meus pensamentos:

“In this great fiat of the little girl Mary, the strength and foundation of our life of contemplation is grounded, for it means absolute trust in God, trust which will not set us free from suffering but will set us free from anxiety, hesitation, and above all from the fear of suffering. Trust which makes us willing to be what God wants us to be, however great or however little that may prove. Trust which accepts God as illimitable Love.” (grifos meus) HOUSELANDER, Caryll. The Reed of God. Ave Maria Press, 2006.

Ou seja, o “sim” de Maria é igual àquele convite que eu mencionei no começo. Um convite que nos leva a aceitar tudo aquilo que nos é confiado, apesar do medo e da insegurança. E isso só acontece porque reconhecemos a existência de um Amor que ultrapassa a nossa fraqueza. E é Ele que nos sustenta e, a cada dia, renova esse mistério dentro de mim: um pequenino coração que, desejoso por viver, bate forte.

Por isso, agradeço continuamente por esse tempo de graça em que eu e Maria partilhamos do mesmo sentir. Ela, que é um exemplo de confiança, de humildade e de generosidade, renova as minhas forças e não me deixa titubear. Só assim, tendo-a ao meu lado, consigo dizer o meu “fiat“, o meu “faça-se“.

[…]

Essa é uma breve reflexão sobre aquilo que meu coração tem vivido nos últimos tempos. Espero que com essa leitura você possa abrir seu coração e, de forma corajosa, se entregar nas mãos do nosso Pai. Ele cuida de nós, Ele veio até nós, Ele espera por nós.

Desejo a todos um feliz e abençoado Natal.

Observação: deixo abaixo uma das minhas músicas favoritas de Natal. Espero que gostem!

A menos de um mês para o Natal…

O Natal está chegando. Aos poucos o Sol vai tomando conta dos nossos dias e nós, que moramos na parte tropical do mundo, já começamos a nos preparar para mais um fim de ano quente. Em meio a tudo nisso, nos perdemos naquelas imagens lindas de um natal que nunca viveremos – pelo menos, não no Brasil: neve, lareiras acesas e biscoitos de gengibre… Apesar das coisas por aqui serem diferentes, continuo apreciando o típico natal brasileiro com suas receitas cheias de uva passa e um delicioso pavê ao final na festa.

Agora que me casei, fico pensando em como é importante criar tradições natalinas em família. Ter uma cultura familiar faz o nosso coração se encher de alegria, porque cria memórias, laços e uma bela história que, para sempre, será revivida com carinho. Comecei, então, a pesquisar alguns efeites para a casa e a pensar em atividades que pudéssemos fazer. Por enquanto, não há nada tão grande e significativo. E prefiro que seja assim. Cheguei a conclusão de que o mais importante é ter o coração atento para aquilo que virá: um bebê que nasce em meio aos animais e que traz a esperança para o mundo.

Assim, as coisas ficaram desse jeito: apenas com um simples presépio, o primeiro da minha família. Dessa família que, neste ano, também vive o seu próprio e primeiro advento. Em breve nossa filha nascerá…

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Finalizo esse post dizendo: vá ao Armarinhos Fernando. Lá tem muitas opções baratas e você não precisa enfrentar a loucura da 25 de março pra comprar uma simples imagem ou enfeite de Natal. Essa imagem que compramos foi apenas R$50. Achei um valor justo e muito bonitinha. Além dela, compramos também bolinhas vermelhas e lacinhos. Esses enfeites servirão para enfeitar a árvore que vamos tentar fazer usando bamboo e cipreste – pegamos esses dois itens no sítio da minha madrinha. Ainda não sei se vai dar certo, mas a ideia já me deixou entusiasmada.

Por onde eu começo? – Como se preparar para a chegada do bebê

Rencentemente estava lendo os posts sobre maternidade no blog da Clayci (clique aqui para acessar) e fiquei inspirada a compartilhar um pouco da minha trajetória por aqui. Desde que descobri a gravidez, comecei a pensar por onde deveria começar. A resposta que me pareceu mais certa naquele momento foi: por mim mesma. Assim, comecei a pesquisar sobre a gestação, o parto, a amamentação e os primeiros cuidados com o bebê, já que todos esses assuntos me envolveriam pessoalmente quando chegasse a hora de vivê-los, e ninguém, além de mim (e do meu marido), poderia se responsabilizar por eles.

Esse estudo foi progredindo aos poucos, sem pressa, e agora, já quase na reta final para o nascimento da minha filha, ainda sinto que não sei nada. É pra rir, né não? Mas é assim mesmo, e isso foi uma das coisas mais importantes que eu aprendi durante esse processo: é preciso que exista uma dose de incerteza e despreparo para que haja amadurecimento.

Por isso, no blogpost de hoje quero partilhar com vocês as principais referências que usei e continuo usando para me preparar para a chegada da Filomena, minha bebê. Aproveito para dizer que meu objetivo não é dizer o que devem ou não fazer, mas dividir o que foi positivo na minha experiência na esperança de que você encontre e trilhe seu próprio caminho.

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